“Raspando a Superfície”: Uma
Exposição Colectiva da Binaural/Nodar
Galeria de Arte Asymmetrick, Rockland, Maine (US)
29 Setembro a 3 Outubro 2010
Esta exposição incluirá trabalhos
realizados por membros do colectivo artístico
Binaural/Nodar e outros que foram produzidos no
Centro de Residências Artísticas de
Nodar. Os trabalhos reflectem sobre aspectos específicos
de contextos geográficos e sociais (a cidade,
no caso de “Sightseeing for the Blind” e
a aldeia rural no caso dos restantes trabalhos)
e utilizam estratégias que começam
com várias formas de documentação
da realidade e que, através do processo artístico,
introduzem uma distância em relação
aos fragmentos capturados dessa realidade, acedendo
a camadas mais profundas da mesma.
Esta exposição está integrada
em “Panoptic: An Exploration”, uma secção
do Festival
Internacional de Cinema de Camden dedicada
aos novos media e curtas-metragens experimentais.
Lista de Obras Sonoras:
Rui Costa (PT)
“Sightseeing for the Blind in Lisbon” [2009]
“Sightseeing
for the Blind in Aveiro” [2010]
http://www.myspace.com/ruigcosta
Maile Colbert (US/PT)
“Over
the Eyes” [2007]
Lista de Obras em Vídeo:
Manuela Barile (IT/PT)
“Cá” [2009]
Samuel Ripault (A.K.A. Pali Meursault) (FR)
“Line[s]” [2008]
Rui Silveira (PT)
“Abrigo” [2009]
Martin Clarke (UK) / Alicja Rogalska (PL/UK)
“Paiva
Tales” [2007]
http://www.rockscottage.net
http://alicjarogalska.co.uk
Sexto ciclo de residências artísticas de Paivascapes #1 |
Sexto Ciclo de Residências Artísticas
de Paivascapes #1
Concelho de Arouca
1 a 14 Outubro de 2010
Marc Behrens (DE)
Ignaz Schick (DE)
O Programa de Residências Artísticas
de Nodar para 2010 tem um tema agregador único:
o rio Paiva. Ao longo do ano, do Inverno ao Outono
são desenvolvidos diversos projectos artísticos
multidisciplinares (que tenham como elemento central
o som) numa perspectiva contextual relacionada com
as várias zonas geográficas do rio,
da nascente até à foz.
Projectos artísticos:
Marc Behrens (DE)
Projecto Artístico:
“Recurrent” | Arte Sonora, Música Contemporânea, Clarividência
O projecto envolve duas fases: A produção
de um número de gravações com
3 a 5 voluntários seleccionados que vivem
na área designada do rio Paiva, realizando
algumas actividades diárias que têm
uma articulação com o rio. Estas gravações
serão a base para pequenas peças sonoras.
A construção e instalação
de sistemas de som flutuantes que se irão
movimentar a jusante ou ser ancorados em diferentes
pontos ao longo de uma secção designada
do rio e reproduzir excertos destas peças
sonoras.
Um rio move-se, no entanto, parece ter
uma posição definida no espaço
e no tempo. Um visitante ocasional pode não
estar ciente dos detalhes. As pessoas que vivem
nas proximidades dos rios e cujas vidas são
determinadas ou dependem dos benefícios dos
rios, têm uma noção mais exacta
deste facto. As actividades diárias realizadas
por estes locais podem, por sua vez, parecer bastante
uniformes, semelhantes no dia-a-dia, mas não
são. Mesmo se as condições
ambientais se mantivessem estáveis, as actividades
diárias são objecto de humor, saúde,
interacção com os outros e, é claro,
das condições do rio.
Biografia Artística:
Nascido em Darmstadt, na Alemanha, em 1970, Marc
Behrens trabalha em vários níveis
cerebrais e físicos. As suas obras consistem
principalmente em música electrónica
concreta, instalações, e ocasionalmente
fotografia ou vídeo. Actividades recentes
incluíram viagens para realizar gravações
sonoras de campo no remoto oeste da China e da floresta
Amazónia, a fundação de uma
empresa como uma obra de arte social, e encenação
um rito de passagem para um banqueiro de investimentos.
Behrens realizou performances e teve exposições
realizadas em toda a Europa, Médio Oriente, África
do Sul, América do Norte e Leste da Ásia.
Desenvolveu colaborações com Achim
Wollscheid, Günter Bernhard, Francisco López,
Jeremy Bernstein, Nikolaus Heyduck e Paulo Raposo,
entre outros.
Ignaz Schick (DE)
Projecto Artístico:
“The Paiva River Collection” | Arte Sonora, Instalação
A ideia para o projecto de Ignaz Schick em Nodar
consiste em fazer caminhadas diárias e explorações
em todo o vale e encosta do rio Paiva nos
primeiros 7 a 10 dias de residência para recolher
todos os tipos de diferentes materiais orgânicos
que podem ser encontrados e trazê-los de volta
para o estúdio onde o artista efectuará
pesquisas e experiências intensivas sobre
os mesmos para aprender e descobrir as suas possibilidades
sonoras. Toda esta actividade será catalogada
e documentada e será compilada uma espécie
de pontuação / lista, que se tornará num
arquivo repleto de possibilidades.
O material recolhido
será moldado em duas instâncias
de trabalho diferentes:
1) Uma instalação sonora na qual
será usado um exemplo de cada objecto encontrado.
A característica da instalação
será semelhante a fantasmas / vibrações.
Os objectos sonoros criados são fixos por
cordas de nylon que por sua vez estão ligados às
membranas das colunas que transferem a vibração
de ondas sinusoidais baixas para as cordas e colocam
os objectos em ressonância e vibração…
2) Uma composição que será apresentada
ao vivo pelo artista no evento final em Março de
2011 usando inteiramente materiais orgânicos
encontrados na região
do Rio Paiva. A performance será realizada
principalmente através de superfícies
rotativas, o que significa que os objectos são
tocados directamente no prato do gira-discos e que
a suas ressonâncias e vibrações
são
simplesmente amplificadas com um pequeno microfone
condensador. O artista pretende, deste modo, criar
uma topografia sonora do vale do rio que não
se refere directamente à paisagem
sonora habitual e conhecida. A ideia será tentar
criar mais ou menos um meta nível abstracto
de uma topografia sonora do ambiente ao ter uma
visão microscópica de algumas dessas
componentes naturais e das suas potencialidades
sonoras escondidas.
Biografia Artística:
Ignaz Schick é um artista sonoro, turntablist
e compositor. Nasceu na Baviera e desde o final
de 1995 vive e trabalha em Berlim, onde se tornou
uma força activa da chamada “Berlin
Nouvelle Vague” da música em tempo
real. Tem colaborado com vários artistas
internacionais (como Don Cherry e Charlemagne Palestine)
e fez várias tournées e performances
em clubes e festivais em toda a Europa, Austrália,
Israel, Malásia, Nova Zelândia e E.U.A.
Lançou vários álbuns em inúmeras
editoras e fez parte de emissões de rádio
e produções para a ORF – Kunstradio,
ORF-Zeitton, WDR3, DRS2 ou Radio Copernicus. Desde
o início dos anos 90, tem feito curadoria
em festivais de música experimental (FAM,
Erase & Reset, Tim Shifts, o Internacional Turntable
Orchestra…).
Paisagens sonoras Binaural / Nodar na Feira das Colheitas de Arouca |
"Ecos da Arada e do arado"
Paisagens sonoras da Binaural / Nodar
Feira das
colheitas de Arouca
23 a 26 de Setembro de 2010
No âmbito da colaboração estabelecida
para o projecto Paivascapes
#1, a Câmara Municipal de Arouca comissionou
à Binaural / Nodar uma peça sonora baseada nas recolhas
efectuadas pela organização no Maciço da Gralheira
/ Serra da Arada e no Rio Paiva, a ser emitida durante
o certame "Feira das Colheiras - "Vivências da Vida
Agrícola", o qual decorre entre os dias 23 e 26
de Setembro 2010 na Cerca do Mosteiro de Arouca.
A peça sonora de uma hora de duração,
intitulada "Ecos da Arada e do arado" poderá ser
escutada através do sistema de som colocado em redor
do mosteiro de Arouca, durante todos os dias da
feira.
Binaural / Nodar apresenta peças para rádio durante o Festival Future Places no Porto |
A Binaural / Nodar apresenta
em exclusivo para a Radio Futura @ Future Places,
Porto:
Montanhas e linhas de horizonte
Escutas locais comparativas em quatro episódios:
Nodar#1 - Football Sound Narratives MixDown
Uma peça sonora Binaural/Nodar a partir de
alguns dos temas incluídos na edição "Football
Sound Narratives": 11 obras de autores diversos
que abordam temas antropológicos / sociais
/ locais do mundo do futebol e que será a
publicação inaugural da nova editora "Edições
Nodar”.
Nodar #2 - Aldeias Sonoras Mix nr. 3
Quais os sons que a nossa paisagem rural incorpora?
Quanto deles já desaparecerem irremediavelmente?
O que podemos aprender acerca das comunidades
rurais através da dimensão sonora? “Aldeias
Sonoras” é um projecto educativo
coordenado pelo Centro de Residências Artísticas
de Nodar e que consiste na gravação,
edição e mapeamento do património
acústico de aldeias rurais em paralelo
com o seu levantamento geográfico, histórico
e sócio-cultural. O projecto envolve escolas
básicas e secundárias de zonas rurais
de diversas regiões de Portugal, sendo
que se apresenta nesta ocasião uma das
várias peças compostas a partir
de gravações sonoras efectuadas
em 2009 no concelho de S. Pedro do Sul.
Nodar#3 - "Sonata for clarinet and
Nodar: modernity is the enemy"
Peça sonora gravada em Julho 2010 na paisagem
de Nodar, composta pelo fonografista inglês
Jez riley French e por Luis Costa, coordenador do
Centro de Residências Artísticas de
Nodar, na qual uma jovem clarinetista de 15 anos
(Joana Silva) literal e intuitivamente desconstrói
a peça “Solo de Concours” composta
em 1901 por Henri Rabaud, deambulando por entre água,
vento, cobras, cães, moto-roçadoras,
aviões que passam a caminho dos incêndios,
etc. questionando-se portanto o rural enquanto espaço
de silêncio. A expressão “A modernidade é o
inimigo” é da autoria de Rabaud, um
compositor considerado conservador, sendo que ganha
uma inesperada acuidade perante a profusão
de “novos ruídos” na paisagem
ancestral de Nodar durante a gravação
da peça.
Nodar#4 - "Sightseeing
for the blind: Aveiro x Lisboa"
Um projecto de Rui Costa, director artístico
da Binaural/Nodar. Escutas comparadas de deambulações
sonoras em Lisboa e Aveiro, por locais visitados
por turistas, onde as cidades assumem a sua condição
de simulacro. A experiência que um turista
tem de uma cidade é em grande medida determinada
pela aleatoriedade das impressões no limite
da consciência, de um mapeamento permanente
entre o que se vê e os desejos, ideias preconcebidas,
memórias, etc. Pretendeu-se com este projecto
utilizar este processo mental como ponto de partida
para a criação artística. O
projecto desenvolvido na cidade de Lisboa culminou
com a edição de um CD na editora alemã 1000
füssler e o desenvolvido em Aveiro na criação
de uma instalação sonora apresentada
em Agosto último no Estúdio PerFormas.
Ficha Técnica:
Ideia original: Luís Costa
Coordenador de Edição Áudio:
Rui Costa
Composições por Rui Costa, Luís
Costa, Manuela Barile e Jez riley French
Produção: Carina Martins
RADIO FUTURA é uma parceria entre
o Festival
Future Places e a Rádio
Zero
Escuta em 91.5 FM Porto & futureplaces.org
12-16 Outubro, 2010